terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Morte e ressureição de Keynes

 

Harry Potter e a Economia



No seguimento da proposta de trabalho “Harry Potter e a economia”, apresentamos os seguintes dados:


Casas (economistas/autores):
Características (principais obras):
Gryffindor - Karl Marx
Manifesto Comunista (1998);
O Capital (1867).
Ravenclaw - John Maynard Keynes
As consequências económicas da paz;
Tratado sobre a moeda.
Hufflepuff - Adam Smith
A teoria dos sentimentos morais (1759);
A riqueza das nações (1776).
Sly Therin - Alfred Marshall
Os princípios da economia.

Professora McGonagall: disciplina de transfiguração “Magias e Feitiços”.
Supondo-se que a procura corresponde à quantidade de varinhas que estão dispostos a comprar para fazer magia…



a)      Se quisermos explicar o efeito sobre a procura de uma diminuição/aumento do preço de varinhas, que “feitiço” utilizariam?

A lei que estabelece a relação entre a procura de um produto e a quantidade que é oferecida, a oferta, é a lei da oferta e da procura.
A partir dela, é possível descrever o comportamento preponderante dos consumidores na aquisição de bens e serviços em determinados períodos, em função de quantidades e preços.



 
b)      Se, de repente, também se pudesse fazer magia com um caldeirão, que “feitiço” utilizariam para explicar o efeito produzido sobre a procura de varinhas mágicas?

Preço comunica valor. Se o produto custa mais, o consumidor cria expectativa de que tem muita qualidade. Se o produto é barato, o consumidor tende a achar que a qualidade não deve ser tão boa assim.

 
c)       Harry não recebe nenhum tipo de subsídios (receita) por parte da tia Petunia e do tio Vernon. No entanto, Hermion e Ron recebem uma coruja que lhes anuncia que o seu subsidio mensal vai aumentar. Que efeito utilizariam para explicar o efeito produzido na procura de varinhas e explicar a variação no rendimento de Hermion e Ron?

     Dinheiro vivo, cheques, transferências, etc.



   

Mark Blyth: A austeridade é uma ideia perigosa


domingo, 19 de janeiro de 2014

Resumos

10.1 A Necessidade e a Diversidade das Relações Económicas Internacionais
Podemos falar de comércio a dois níveis:
-Comércio Interno, quando os agentes económicos intervenientes pertencem ao mesmo país;
-Comércio Externo, quando os agentes económicos intervenientes pertencem a países diferentes.
Quando uma economia não dispõe de determinado bem, pode comprá-lo ao exterior, originando um tipo de comércio que põe em contacto comerciantes de diversos países – é o comércio internacional ou externo.
Comércio externo – comércio entre um país e outro.
Comércio internacional – comércio entre países.
Resto do Mundo – conjunto das unidades não residentes.
Troca de bens, serviços e capitais
As trocas internacionais têm desenvolvido enormemente devido à globalização e à defesa do comércio sem fronteiras.
Podemos, então, concluir que entre um país e o Resto do Mundo estabelecem-se relações económicas diversificadas que se traduzem em trocas de mercadorias, de serviços e de capitais.
A divisão internacional do trabalho
A necessidade de efectuar trocas entre um país e o Resto do Mundo é, portanto, evidente.
No que respeita às trocas de bens entre países, é vulgarmente referida à Divisão Internacional do Trabalho (DIT) como factor justificativo, mas também como consequência desse tipo de comércio. A DIT justifica a divisão da produção de bens por países com base nas vantagens absolutas e relativas que esses países apresentam relativamente ao fabrico desses bens.
Os países mais desenvolvidos ganham mais nas trocas porque exportam bens tecnologicamente mais exigentes, com maior valor acrescentado e, portanto mais caros, contra os bens produzidos nos países mais atrasados, produzidos à base de recursos naturais, de mão-de-obra menos especializada e de menor transformação tecnológica.

As relações económicas internacionais justificam-se com base nos seguintes factores:
. Divisão internacional do trabalho

Divisão das actividades económicas entre os diferentes países do mundo, de acordo com a dotação dos seus factores produtivos .
. Estratégia de crescimento económico
Ao produzirem-se bens, de acordo com as vantagens de cada país, estes aumentarão a sua produção, o seu rendimento e o seu bem-estar.
. Globalização
Fenómeno social, económico e cultural resultante da expansão das economias a nível mundial.
Conclui-se, portanto, que:
- o comércio entre os povos tem por base a necessidade de consumir outros bens de que os países não dispõem ou que são produzidos a custos mais elevados;
- as trocas entre os países são de natureza diversa, abrangendo mercadorias, serviços e capitais.


quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

As relações de Portugal com a Áustria e a Eslovénia

Criação da União Europeia
Um dos principais objectivos da criação da União Europeia foi o facto de se querer cria um mercado continental livre, em que as pessoas e mercadorias circulassem na Europa sem qualquer restrição por fronteiras administrativas ou alfandegárias. Um dos efeitos da existência deste espaço de circulação livre é a intensificação do tráfego das mesmas, podendo-se actualmente chegar a qualquer lado do mercado comum sem qualquer tipo de controlo aduaneiro.

Adesão de Portugal à U.E.
Portugal aderiu à União Europeia em 1986, beneficiando da adesão ao ver um aumento das exportações, mas ainda do aumento de importações, que comprovam que a integração num mercado único pode não só favorecer uma economia, mas também pode ter um efeito negativo.
                         



Adesão da Áustria à U.E.
A Áustria aderiu à União Europeia no ano de 1995, até ao fim da Primeira Guerra Mundial, a Áustria foi o centro de um vasto império que dominou grande parte da Europa Central durante vários séculos. O país é hoje uma República Federal constituída por nove Estados federados.

Adesão da Eslovénia à U.E.
A Eslovénia aderiu à União Europeia em 2004, uma das seis repúblicas que formavam a ex-Jugoslávia, a Eslovénia tornou-se independente em 1991 com a desintegração da Jugoslávia. O país faz fronteira com a Itália, a Áustria, a Hungria e a Croácia.



O mercado livre entre Portugal, Eslovénia e Aústria 
A estrutura das importações e exportações portuguesas foi-se alterando, sendo que em 2010, segundo a base de dados ‘Pordata’, os 5 produtos e serviços mais exportados foram: Serviço de transporte e armazenagem; Produtos têxteis, vestuário e de couro; Equipamento de transporte; Produtos alimentares, bebidas e da indústria do tabaco; Metais de base e produtos metálicos, excepto máquinas e equipamentos


Tabela 1
A tabela a cima apresenta-nos as importações e exportações mais importantes efetuadas por Portugal ao longo dos anos. Comparativamente com a Áustria, esta encontra-se no topo da tabela dos mais importadores e exportadores da União Europeia, apresentando valores bastantes elevados no que diz respeito a energias. A Eslovénia encontra-se a baixo da Áustria, com valores mais baixos.

Aumento das exportações portuguesas se dirigiu para destinos fora da UE
O ministro de Estado e de Negócios Estrangeiros, Rui Machete, destaca que o país aumentou as exportações para fora da União Europeia.
"Estamos empenhados em aumentar os fluxos de investimento com estas economias", declarou.

as exportações representam actualmente 41% do PIB, contra 28% em 2010, acrescentando que actualmente há cerca de 41 mil empresas exportadoras em Portugal, o dobro de há três anos.



domingo, 5 de janeiro de 2014

O Economista Natural - Em busca de explicações para enigmas do quotidiano

 "Por que razão é o leite vendido em embalagens rectangulares, enquanto os refrigerantes surgem em recipientes cilíndricos?"
"Praticamente todos os recipientes para refrigerantes, quer de alumínio quer de vidro, são cilíndricos, mas as embalagens de le
ite são quase transversalmente rectangulares. Se esta forma utiliza o espaço das prateleiras mais economicamente do que a cilíndrica, por que razão os produtores de refrigerantes não optam por ela? Uma possível explicação diz que, como os refrigerantes são frequentemente consumidos directamente da embalagem, o custo extra de armazenar embalagens cilíndricas é justificado pelo facto de serem mais fáceis de agarrar. Isto não é tão relevante no caso do leite, que não costuma ser consumido directamente da embalagem.
No entanto, mesmo que a maior parte das pessoas o fizesse, o principio do custo-benefício sugere que seria improvável vermos este produto à venda em embalagens cilíndricas. Embora as rectangulares economizem espaço na prateleira, independentemente do que contenham, o espaço que poupam é mais valioso no caso do leite. Nos supermercados, os refrigerantes são, regra geral, guardados em prateleiras abertas, baratas e com custos operacionais baixos. Já o leite armazena-se exclusivamente em espaços refrigerados, cujos custos de aquisição e operação são elevados. Neste caso, o espaço tem um custo acrescido, o que gera benefício adicional de embalar o leite em recipientes rectangulares"



"Por que razão as peças de roupa femininas abotoam sempre pela esquerda, enquanto as masculinas o fazem sempre pelo lado direito?"
"Não é surpresa que os fabricantes de vestuário adiram a determinadas normas no que respeita às características das peça
s de roupa adquiridas por um mesmo grupo de consumidores. O que parece estranho é que o padrão adoptado para as mulheres seja precisamente o oposto do seguido para os homens. Se a escolha fosse completamente arbitrária, não haveria mistério. Acontece, porém, que a regra em uso para os homens parece também fazer sentido para as mulheres. Afinal, aproximadamente 90 por cento da população mundial - masculina e feminina - é dextra, sendo-lhe mais fácil abotoar as roupas com esta mão. Assim sendo, por que razão as peças de vestuário feminino abotoam a partir da esquerda? 
Trata-se de um exemplo de como a história pode realmente ser importante. Quando surgiram, no século XVII, os botões utilizavam-se apenas no vestuário dos mais ricos. Nessa época, era costume os homens vestirem-se a eles próprios e as mulheres serem vestidas por criadas. O facto de as roupas femininas abotoarem a partir da esquerda facilitava a vida às criadas dextras com aquela incumbência.
No caso dos homens, o contrário fazia sentido não apenas porque a maior parte se vestia a si própria, mas também porque reduzia a probabilidade de uma espada retirada com a mão direita a partir da bainha na perna esquerda ficar presa na camisa.
Se hoje praticamente nenhuma mulher é vestida por uma criada, por que motivo o abotoar a partir da esquerda é ainda o padrão convencional nas suas roupas? A norma, uma vez estabelecida, resiste à mudança. Na época em que todas as camisas femininas abotoavam pela esquerda teria sido arriscado para um fabricante apresentar o contrário. Afinal, as mulheres acostumaram-se a vestir-se daquela forma e teriam de desenvolver novos hábitos e habilidades para se adaptar à mudança. Para além desta dificuldade prática, algumas poderiam sentir estranheza ao aparecerem em público usando, por exemplo, camisas que abotoavam pela direita, visto que seria possível pensar que eram homens"



 "Porque razão a prática de dividir a conta faz com que as pessoas gastem mais dinheiro nos restaurantes?"

"Os amigos que jantam fora juntos costumam dividir a conta por todos de forma igual. Para os empregados, é mais fácil apresentar um único recibo 
do que passar um para cada cliente, além de que, assim, não têm de tentar identificar os pedidos de cada pessoa para calcular a respectiva despesa. Não obstante, há muita gente que se opõe a esta prática porque quem escolhe pratos e bebidas mais baratas é forçado a pagar mais do que o custo do que comeu e bebeu. Esta não é, porém, a única consequência que se pode considerar desfavorável desta prática, pois ela gera um incentivo para uma pessoa gastar mais do que o faria no caso de as contas serem separadas. A que se deve esse efeito?
Considere-se um grupo de 10 amigos que concordam antecipadamente dividir por igual a conta de um jantar num restaurante. Suponha-se que um deles está a tentar decidir-se entre a dose normal de costeleta especial de vaca, que custa 20 dólares, e a grande, por 30. Assumamos ainda que o benefício adicional da porção maior vale para ele mais cinco dólares do que a mais pequena. Se estivesse a comer sozinho, este indivíduo iria pedir o prato de tamanho normal porque os cindo dólares do benefício adicional do maior são inferiores aos 10 do custo extra que a escolha implica. No entanto, visto que o grupo concordou em dividir a conta em partes iguais, encomendar a porção maior irá fazer aumentar a sua parte em apenas um dólar (a décima parte dos 10 dólares a mais relativos ao que ela custa). Visto que a mesma vale para ele os cinco dólares a mais, irá pedi-la.
Os economistas consideram tais decisões ineficientes porque o ganho líquido de quatro dólares que uma pessoa obtém ao pedir a porção maior (os cinco adicionais, que são o valor que dá a esta escolha, menos o dólar extra que terá de pagar no final do jantar) é menor do que a perda líquida imposta ao resto do grupo (os nove dólares de aumento no montante total que eles pagam devido ao facto de o seu amigo escolher uma dose maior).
Embora a divisão da conta possa ser injusta e ineficiente, é improvável que a prática desapareça. Afinal, as perdas que dela resultam são habitualmente pequenas, e a transacção torna-se mais fácil para todos."